“A experiência ao longo desses 41 anos de profissão me deu uma bagagem profissional muito grande, mas nunca vamos saber tudo, sempre estamos aprendendo e se o profissional não se adaptar as mudanças, estudar, se dedicar, a experiência somente, não vai adiantar.”

Nosso entrevistado nessa edição do Boletim Informativo do CRC/MS é Dirceu Domingos Sobrinho – Técnico em Contabilidade; Proprietário do Escritório Contábil Globo (fundado em meados de 1985) no município de Naviraí/MS e Delegado do CRC/MS na região, há quase 14 anos, cargo exercido, como função de confiança, sem remuneração.

Separado, pai de 03 filhos, natural da cidade de Eneida/SP, chegou a Naviraí em 25/01/1977. Logo após sua formatura, em 1974, na cidade Paranavai/PR, resolveu mudar-se para o município com o intuito de tentar progredir por conta própria e aceitar o desafio de seguir adiante com a profissão.

P. Quais foram os maiores desafios e gratificações nesse período que reside em Naviraí?
R: Os maiores desafios na época eram, como hoje, morar no interior, onde não tínhamos nenhum órgão para se tirar duvidas, tanto Estadual, como Federal, era tudo muito difícil, a capital era Cuiabá, mas graças a Deus, com muito trabalho hoje uma das maiores gratificações e ter um conceito otimo na área profissional e na sociedade também, e já se vão 41 (quarenta e um) anos que estou por aqui.

P. Qual o nome completo de seu escritório? Quando e como surgiu?
R: Escritório Contábil Globo. O inicio das atividades foi em meados do ano de 1985. Eu era contador de uma empresa no ramo de desdobramento de madeiras (serraria), com o fechamento da empresa, resolvi começar a prestar serviços, principalmente na época para pecuaristas e agricultores, e com o passar do tempo em outras áreas também.

P. Para o senhor o que significa ser um Profissional da Contabilidade?
R: Hoje significa ser uma pessoa de extrema confiança dos clientes.

P. Como o senhor se tornou um Profissional Contábil?
R: A gente começa primeiro por necessidade financeira, depois, com o tempo, passa amar a profissão.

P. Qual o perfil para ser um(a) bom(a) profissional?
R: Ser honesto, ter ética profissional, ter caráter, respeitar os colegas de profissão e prestar as informações mais corretas possíveis aos nossos clientes.

P. Como está a Profissão Contábil, hoje?
R: A profissão contábil sempre foi ótima, hoje com a evolução do sistema e agilidade de dados e de conhecimento de modo geral, é ótima.

P. Quais são as vantagens e desvantagens da Profissão Contábil?
R: A vantagem é a gama de conhecimento que a profissão te exige, ter de estudar, de ler, de tentar fazer o possível para a boa prestação de serviços ao seu cliente, desvantagem, nos dias de hoje, a concorrência desleal de colegas, no aviltamento de honorários, na falta de ética profissional. O sol nasceu pra todos, mas não se pode querer crescer, passando dos limites que um bom profissional tem que por obrigação respeitar.

P. Qual a importância da contabilidade para uma empresa?
R: É a essência de uma boa visão do que aconteceu, acontece e poderá acontecer no futuro, tirando desse mecanismo as diretrizes que podem ser aplicadas.

P. Por que uma empresa precisa organizar e manter sua contabilidade?
R: A contabilidade é a base para tomada de decisões.

P. Além da contabilidade formal, quais recursos gerenciais uma empresa necessita para gestão e controle de suas atividades?
R: Um bom gerenciamento dos recursos financeiros, humanos e comerciais.

P. Qual dica o senhor daria para quem deseja ser um(a) Profissional da Contabilidade?
R: Primeiramente, ser correto, ter ética, depois estudar, ler muito, e o principal, gostar de ser PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE.

P. Há quantos anos o senhor atua como Delegado do CRC/MS. Como teve início essa etapa em sua vida?
R: Fui nomeado Delegado pela Portaria CRC/MS nº 019/2002, do dia 24/06/2002, No início com certa ressalva, pela obrigação de representar o Conselho, junto aos colegas de profissão da minha região, mas hoje tenho certeza absoluta, que com muito orgulho, honrei a decisão do Conselho e dos meus colegas da região que me deram todo o apoio necessário. Me sinto orgulhoso de ser o representante do Conselho na minha região.

P. Além de Delegado do CRC/MS, o senhor exerce alguma outra atividade. Se sim qual?
R: Não exerço nenhuma outra atividade que tenha tanta importância, quanto a de Delegado Regional.

P. Como faz para equilibrar a vida pessoal e vida profissional?
R: Muito fácil, separando minha vida pessoal da profissional, não levo problemas profissionais para minha vida pessoal e nem da vida profissional para a pessoal.

P. O senhor possui alguma experiência política? Se sim, qual? Onde? Quando? Resultados? Influência resultante na sua vida?
R: Nunca fui político, mas já me engajei na política da minha cidade, sendo contador de inúmeras campanhas políticas de prefeitos, vereadores e deputados, mas sempre pelo lado profissional, não ajudou e nem tampouco prejudicou qualquer outro tipo de resultado, nenhuma influencia, por que sempre tratei como serviço profissional e alguns simplesmente por amizade mesmo, nunca tive nenhum beneficio com políticos e a política.

P. Como o senhor vê a participação do Profissional da Contabilidade na política?
R: Tanto em Entidades, tanto profissional, como beneficente, Sindicatos, Associações culturais ou desportivas temos obrigação de participar da política, em alguns casos, tomando frente em reivindicações. Hoje acho que o profissional contábil está muito distante da política nacional, estadual e municipal, a razão disso não consigo vislumbrar, talvez por falta de apoio ou talvez vendo o que é a política em nosso Pais.

P. Qual o fato mais marcante ocorrido em sua vida? Como o senhor se sente em relação a isso?
R: O fato marcante em minha vida, do lado profissional, é ter conseguido superar todos os obstáculos que a profissão de contabilista impõe, hoje me sinto seguro, satisfeito e honrado pela profissão que eu escolhi la atrás, como uma luz, para conseguir um bom emprego, hoje com certeza muito satisfeito pela escolha.

P. Para encerrar, como descreve sua experiência no setor contábil?
R: A experiência ao longo desses 41 anos de profissão me deu uma bagagem profissional muito grande, mas nunca vamos saber tudo, sempre estamos aprendendo e se o profissional não se adaptar as mudanças, estudar, se dedicar a experiência somente, não vai adiantar.

O CRC/MS agradece sua participação. Muito Obrigada!